segunda-feira, 2 de novembro de 2009

devaneios estudantis; perguntas não-passíveis de certeza objetiva

Quais os elementos formadores de um indivíduo, do psiquismo humano individualmente considerado? Seria ele produto de mero determinismo biológico, cingindo-se suas habilidades às limitações das próprias células constitutivas do organismo corpóreo? Além da perspectiva meramente fisiológica, sabe-se que o social forma o indivíduo, definindo-lhe os caracteres. Seria possível delimitar os limites do que é fisiológico e do que é social? São igualmente relevantes ou um prepondera sobre o outro?

Pergunta-se, por ex.: A perversidade é nata ou adquirida? A bondade é nata ou adquirida? Características gerais são natas ou adquiridas no decorrer da vida? Ambos, talvez? De tudo um pouco? Seria possível delimitar o que é fisiológico e o que é social? São coisas estanques ou um permeia o outro simultaneamente? O pulsional é intransponível? Embora considerado pulsional, é possível a maturação das estruturas psíquicas do ser-humano? (Winnicott)

Conheço pessoas que dizem "não se importar com o alheio" e serem imunes às críticas e fatores externos. Essa nova onda chama atenção. Diz Foucault que o olhar do outro sobre nós exerce grande influência. Enrijecemos os músculos diante do olhar do outro; nos condicionamos diante o olhar do outro. Que poder é esse, que exerce tamanha influência sobre nosso modus operandi, desde a formação de nosso psiquismo, na mais tenra infância? Haveria algo além do fisiológico/biológico e do social/cultural? Seria possível falar na "dimensão espiritual" do ser?

Haveria alguma explicação para as desigualdades, discrepâncias, enfermidades em crianças? Haveria justificativa para as coisas repulsivas do mundo? "Aonde está Deus"? O ser humano é produto do mero acaso? A evolução seria apenas darwiniana ou se estenderia para os domínios do espiritual? A vida é um "caso perdido" ou o pulsional é apenas a pedagogia divina, que almeja fins maiores para nós do que possamos imaginar? Não há, claro, certezas em matéria espiritual. Assim, o raciocínio da inquirição é o que deve prevalecer.

Pobre leitor... Se até aqui chegaste, junta-te a mim nesses devaneios estudantis! risos risos risos

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