segunda-feira, 9 de novembro de 2009

"Pimenta nos olhos do outro é refresco"

Vi recentemente um programa no qual a temática central era Bruxaria - Wicca. Ouvi os seguidores da seita mencionarem o punhal sagrado que inicia um rito, a taça de vinho que estabelece suposta ligação com ancestrais. O "boneco Voodoo" que cura. Velas coloridas e sagradas. Chás milagrosos. Fadas e gnomos saltitantes.

Eu, inclusive, teria a tendência de achar isso tudo muito ridículo até algum tempo atrás, mesmo que fosse tal posicionamento politicamente incorreto e desrespeitoso à crença alheia.

Desde há algum tempo refleti e concluí, contudo, que as convenções cristãs praticadas socialmente, tão presentes em nossa cultura religiosa, não são tão diferentes assim daquilo que muitas vezes julgamentos "ridículo".

Que grande diferença separa a hóstia católica das receitas e simpatias da bruxaria? Os gnomos e fadas de São Pedro e Santo Antônio? São símbolos, arquétipos. Os nossos são derivados do tronco judaico-cristão. Apesar de nossa cultura religiosa ser sincretista, temos traços predominantes. O que é estranho ao predominante é geralmente estigmatizado

O autor Joseph Campbell, mitólogo dos mais conceituadas, escreveu a respeito do "Poder do Mito" na construção do social e da cultura. Tudo é uma questão de posição social/cultural e temporal. Ou haveria algo mais? Consideremos...

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